Resumo Rápido para Traders no Brasil
- Continuação do breakout da semana passada.
- Nível psicológico de US$ 7.000 pode aumentar a pressão vendedora.
- Powell sinalizou ontem que não é certo haver novo corte de juros em dezembro.
- Novo acordo comercial EUA–Coreia do Sul é bullish para o S&P 500.
- Otimismo com IA e bons resultados do 3º tri seguem atraindo compras.
- Meta (META) decepcionou com LPA 84,38% abaixo do esperado.
- Alphabet (GOOGL) e Microsoft (MSFT) vieram acima do consenso após o fechamento e podem sustentar altas hoje.
Análise do Gráfico Semanal do S&P 500
Na semana passada, o S&P 500 rompeu a resistência em US$ 6.808, e nesta semana o movimento teve continuidade. A cotação acumula +1,42%, renovando máxima histórica. A EMA50 permanece acima da EMA200, sinalizando que a tendência de alta segue saudável e com espaço para continuidade.

Análise do Gráfico Diário do S&P 500
Após a alta de segunda-feira, o preço ficou lateral abaixo de US$ 6.953 no restante da semana. A proximidade com US$ 7.000 atraiu vendedores, mas MACD e RSI ainda favorecem a demanda, apoiando estratégias compradas.
Planos táticos
- Compras no rompimento: abrir long somente se US$ 7.000 romper e houver consolidação acima.
- Pullback comprador: alternativa de compra em recuo a partir dos níveis atuais sem perder US$ 6.808.

Fed corta juros, mas Powell não Garante nova Baixa em Dezembro
Ontem, o Fed cortou 25 pb, levando a taxa básica a 4%. Na coletiva, Jerome Powell destacou que não está garantido novo corte em dezembro. A autoridade segue preocupada com a inflação ainda acima da meta e com limitações de monitoramento de dados, o que trouxe leve pessimismo e maior pressão vendedora intradiária no S&P 500.
No front comercial, as notícias foram positivas:
- O governo dos EUA estuda reduzir a tarifa para a China de 20% para 10% e sinalizou abertura para acesso ao processador de IA Blackwell, da Nvidia.
- Novo acordo EUA–Coreia do Sul prevê investimentos de US$ 150 bilhões do país asiático no setor naval americano, enquanto os EUA reduzem tarifas sobre produtos coreanos para 15%.
- Além disso, segue forte a pressão compradora por surpresas positivas no 3º tri e pelo otimismo com IA:
- Teradyne (TER): +20,47% após LPA 7,58% acima do esperado.
- Seagate (STX): +19,11% com guidance de LPA +8,71%.
- Centene (CNC): +12,50% com LPA +445,42% acima do consenso.
Para hoje, atenção aos números divulgados após o fechamento por Microsoft (MSFT), Alphabet (GOOGL) e Meta (META): as duas primeiras superaram estimativas e podem sustentar altas no S&P 500; Meta ficou abaixo do esperado. Ao longo do pregão, saem também resultados de Eli Lilly (LLY), Mastercard (MA) e Merck (MRK), entre outras — surpresas positivas tendem a atrair compra no índice (e vice-versa).
S&P 500: o que esperar das “7 Magníficas”?
A seguir, uma leitura prática de tendência, níveis e gatilhos para AAPL, MSFT, GOOGL, AMZN, META, NVDA e TSLA, pensando na execução de traders brasileiros (B3 via BDRs ou mercados internacionais).
Apple (AAPL)
Gráfico semanal da Apple:

Gráfico diario da Apple:

Semanal: rompimento de US$ 260 (resistência desde dez/2024), seguido de pullback e 4 velas de alta. MACD com cruzamento altista; RSI perto de sobrecompra e confirmando o breakout.
Estratégia:
Preferir entradas após recuo controlado sem perder US$ 260, evitando compras “no topo”.
Microsoft (MSFT)
Gráfico semanal da Microsoft:

Gráfico diario da Microsoft:

- Preço rompeu US$ 531,51 e se aproximou da máxima histórica, mas surgiu forte realização; candle semanal sugere rejeição e possível lateralização.
- Tendência de fundo segue altista; indicadores diários bullish.
Gatilho: aguardar rompimento limpo de US$ 550–555 para compras.
Fundamentos (Q3): receita +3,04% vs. consenso e LPA +12,58% — fator bullish.
Alphabet (GOOGL)
Gráfico semanal da Alphabet/Google:

Gráfico diario da Alphabet/Google:

Rompimento de US$ 256,74 na sexta; pullback curto na terça e continuidade. RSI/MACD indicam pressão compradora robusta.
Q3: LPA +26,79% e receita +2,41% acima do esperado — cenário positivo para follow-through.
Tática:
Mercado favorável a compras, mas aguarde pullback para melhor relação risco/retorno.
Amazon (AMZN)
Gráfico semanal da Amazon:

Gráfico diario da Amazon:

Diário: lateral entre US$ 211,38 (suporte) e US$ 234–238 (resistência). Rebateu na base do range (confluente com EMA50 do semanal).
Agora perto da faixa superior: local clássico de oferta; acima ainda há US$ 239–242.
Tática:
Preferir vendas em padrão de reversão na parte alta do range; compras apenas no rompimento de US$ 239–242.
Meta (META)
Gráfico semanal da Meta:

Gráfico diario da Meta:

Contexto técnico: preço acima de US$ 735–740 começava a consolidar; RSI/MACD bullish.
Q3: LPA 84,38% abaixo do esperado ⇒ queda imediata de 7,59%; pode atrair vendas hoje.
Níveis:
Perda de US$ 681–692 seria fraqueza relevante e gatilho de venda após consolidação abaixo; para compras, reestabilizar acima de US$ 735–740.
Nvidia (NVDA)
Gráfico semanal da Nvidia:

Gráfico diario da Nvidia:

Semana: +11,16%, ampliando o rally desde abril; sequência de topos e fundos ascendentes; EMA50 e EMA200 apontando para cima.
Diário: 5 sessões de alta com RSI/MACD acompanhando ⇒ compra dominante no curto prazo.
Tática:
Aguardar pullback no diário para entrar comprado com melhor controle de risco.
Tesla (TSLA)
Gráfico semanal da Tesla:

Gráfico diario de Tesla:

Semana: +6,41%, porém ambiente ainda não ideal para compras. Semanal mostra lateralização; preço perto da faixa superior do range, onde é comum reversão.
Diário: comportamento errático entre US$ 415 e US$ 465; MACD/RSI levemente baixistas.
Gatilhos:
Compra só no rompimento de US$ 484–487; abaixo de US$ 415, cenário favorece vendas.
Como o Trader no Brasil pode Operacionalizar
- Mercado internacional: via corretoras globais com conta em dólar ou através de ETFs/derivativos que replicam o S&P 500.
- Brasil (B3): exposição por BDRs (AAPL34, MSFT34, GOOGL34, AMZO34, META34, NVDC34, TSLA34) ou por ETFs correlacionados (ex.: IVVB11).
- Gestão de risco: usar position sizing, stop técnico (ex.: abaixo de zonas-chave citadas) e plano de saída antes da entrada.
- Calendário: atenção ao earnings do dia e a comunicados do Fed; volatilidade tende a aumentar.
