- A vela do tipo doji da semana em curso sugere uma consolidação nos preços após as fortes subidas das semanas anteriores.
- O S&P500 tem mostrado fraqueza nos últimos dois dias, embora a tendência de alta continue em vigor.
- A recente fraqueza das empresas tecnológicas constitui um fator pessimista para a bolsa dos EUA.
- O discurso mais recente de Powell despertou certo receio de que haja menos cortes nas taxas do que o inicialmente esperado, o que está a travar o SP.
- Os dados de subsídios de desemprego de hoje e o PCE de amanhã podem trazer movimento ao mercado.
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Análise do Gráfico Semanal no S&P500
Analisando o índice americano S&P 500 a partir da periodicidade semanal, podemos ver que a tendência de alta continua. Durante esta semana, foi atingido um novo máximo histórico, embora o preço tenha recuado, formando uma vela do tipo doji.
A vela de baixa da semana em curso é insuficiente para pôr em causa a tendência de alta subjacente. Especialmente se tivermos em conta que o máximo e o mínimo estão acima dos da semana anterior.
Análise do Gráfico Diário no S&P500
O preço do S&P500 começou a semana em alta durante a sessão de segunda-feira. No entanto, desde então, tem vindo a cair e já perdeu todos os ganhos obtidos. O RSI mantém a sua tendência ascendente, mas acaba de sair da zona de sobrecompra. Por sua vez, o indicador MACD indica-nos que a pressão dos compradores diminuiu nos últimos dias.
De qualquer forma, a estrutura do preço continua apresentando uma trajetória ascendente. Assim que os mínimos cada vez mais baixos deixarem de se formar, podemos aproveitar para executar entradas de compra.
Atenção Hoje aos Subsídios de Desemprego e à Evolução das Tecnologias
As palavras de Powell durante sua intervenção mais recente foram ligeiramente hawkish e suscitaram certo receio em relação aos próximos cortes nas taxas de juros. Ele afirmou que nada havia sido decidido para a reunião de outubro e voltou a mostrar-se preocupado com a inflação. Em seu discurso, mencionou que, se o Fed fosse muito agressivo com as reduções das taxas, poderia arruinar todo o trabalho realizado até agora.
A ferramenta FedWatch da CME continua mostrando 91,9% a favor de um corte de 25 pontos para a próxima reunião de política monetária. No entanto, teremos que ficar atentos aos próximos dados do mercado de trabalho e da inflação para ver as reações no S&P500.
Hoje serão publicados os dados do seguro-desemprego da última semana. Um ligeiro aumento nas renovações ou novos pedidos seria otimista para a bolsa, dando motivos para o Fed reduzir as taxas. Mas se o arrefecimento for muito brusco, o SP poderá reagir com uma queda por medo de uma recessão.
Também veremos dados sobre a venda de imóveis usados em agosto e o relatório do PIB do segundo trimestre. Números piores do que o esperado atrairiam pressão de venda no dia de hoje e vice-versa. Amanhã serão publicados os dados do PCE de agosto, que nos ajudarão a entender qual foi a evolução da inflação no último mês. Um arrefecimento seria otimista para o SP, pois aliviaria os temores do Fed e aumentaria as chances de um novo corte nas taxas em outubro.
Por outro lado, a fraqueza observada nas empresas de tecnologia nas últimas duas sessões é um fator bearish para a bolsa americana, já que as empresas que mais pesam no cálculo do S&P pertencem a esse setor.
A cadeia de opções do S&P500 nos mostra um grande número de puts na zona de US$ 6.550. Também em 6.600 dólares, pelo que há uma grande probabilidade de que estes níveis atuem como suporte se a cotação os visitar hoje. No que diz respeito às opções de compra, há muito interesse aberto em 6.750 dólares e em 6.800 dólares. Estas duas zonas poderão atuar como resistências.
Ações do S&P 500: O que Esperar das 7 Magníficas?
Os últimos dois dias foram negativos para as 7 Magníficas. Na terça-feira, todas fecharam com perdas e, na sessão de ontem, apenas a Tesla conseguiu escapar da onda de vendas. A seguir, analisamos cada uma delas em detalhes.
Apple (AAPL)
Gráfico semanal da Apple:
Gráfico diario da Apple:
Durante a semana em curso, a cotação da Apple atingiu a resistência de 254-260 dólares. Depois de atingir os 257 dólares, ocorreu uma queda que está formando uma vela de rejeição no gráfico semanal. Essa resistência coincide com o máximo histórico desse mercado, pelo que é de se esperar que apareça uma forte pressão de venda nas suas imediações. Os traders que estão comprados estão usando isso para realizar lucros, e os “bagholders” que ficaram no vermelho após comprar em dezembro estão usando isso para fechar no ponto de equilíbrio ou com uma pequena perda.
O MACD permanece horizontal desde meados de agosto e não acompanhou as altas que ocorreram desde então. Isso sinaliza fraqueza e nos indica que a última alta não contou com o apoio de uma intensa pressão de compra.
Para abrir posições compradas, seria necessário um rompimento da máxima histórica (US$ 260,10), acompanhado de uma consolidação acima. Por outro lado, se a mínima de segunda-feira fosse ultrapassada, poderíamos aproveitar a fraqueza do mercado para buscar operações de venda.
Microsoft (MSFT)
Gráfico semanal da Microsoft:
Gráfico diario da Microsoft:
Na sexta-feira passada, a Microsoft fechou acima da antiga zona de máximos de 511 dólares, acompanhada por trajetórias ascendentes no RSI e no MACD. Isso levava a pensar no início de um novo impulso de alta. No entanto, esta semana está sendo de baixa, a máxima é inferior à da semana anterior e o preço fechou abaixo desse nível nas duas últimas sessões. Esses sinais de fraqueza invalidam a hipótese anterior e sugerem que a correção pode continuar em direção a níveis mais baixos.
Agora, devemos ficar atentos à evolução da cotação para saber qual dos dois cenários tem mais chances de se concretizar. Se a zona de 511 USD for novamente superada e o máximo da semana passada for quebrado, a teoria que aponta para novas altas se fortalecerá. Por outro lado, se a Microsoft continuar caindo e ultrapassar o mínimo de 5 de setembro, teríamos no gráfico semanal uma estrutura de máximos e mínimos decrescentes. Isso poderia atrair mais pressão de venda e fazer com que a correção continuasse.
Alphabet (GOOGL)
Gráfico semanal da Alphabet/Google:
Gráfico diario da Alphabet/Google:
A semana atual está deixando uma ampla vela de baixa no gráfico semanal da Alphabet. Neste momento, as perdas acumuladas são de 2,92%. Na temporalidade diária, o RSI está próximo de sair da zona de sobrecompra e as linhas do MACD acabaram de dar um cruzamento de baixa.
De qualquer forma, este aumento na força de venda não significa que o mercado esteja em queda livre. Os últimos avanços do Google têm sido muito verticais, sem quase nenhum recuo. A queda atual pode ser o início de uma correção após as fortes altas ocorridas após o breakout de 200-207 dólares. Assim que as quedas forem interrompidas, podemos começar a abrir posições compradoras.
Amazon (AMZN)
Gráfico semanal da Amazon:
Gráfico diario da Amazon:
As últimas três semanas estão deixando sinais de fraqueza na cotação da Amazon. O preço girou abaixo da resistência de US$ 239-242 e já vimos um impulso de baixa, uma retração e uma nova queda, que já dura seis sessões.
Desde a máxima registrada em 9 de setembro, o indicador de força relativa (RSI) e o MACD estão em queda. Eles indicam que os vendedores estão sendo mais agressivos do que os compradores e confirmam o movimento da ação do preço. Ao mesmo tempo, as barras do histograma deste último aumentaram de tamanho, indicando que a pressão da oferta está aumentando. No momento, a cotação está acima da zona de US$ 220, que atuou como suporte em várias ocasiões em dezembro, janeiro e também a partir de julho. Se esse nível for rompido, o próximo que poderia atuar como suporte é o localizado em US$ 211.
Meta (META)
Gráfico semanal da Meta:
Gráfico diario da Meta:
A cotação da Meta está se movendo de forma errática entre o suporte de US$ 735 e a resistência de US$ 786-796 desde meados de agosto. Durante esse período, o RSI tem se mantido lateralizado e o histograma do MACD tem alternado entre comprador e vendedor. Isso sugere que o mercado está em equilíbrio e, enquanto não houver quebra, não ocorrerão movimentos acentuados, nem para cima nem para baixo.
A situação na temporalidade semanal se assemelha a um teto duplo. De qualquer forma, o que decidirá se é mais conveniente nos posicionarmos como compradores ou vendedores será o nível que for rompido. Caso seja a resistência, optaremos por posições longas e, se for o suporte (que coincide com a linha clavicular do suposto teto duplo), optaremos por posições curtas. Por enquanto, é necessário ser paciente e esperar.
Nvidia (NVDA)
Gráfico semanal da Nvidia:
Gráfico diario da Nvidia:
No início da semana, parecia que estava começando a se formar uma estrutura de máximos e mínimos descendentes no gráfico diário da Nvidia. O impulso de segunda-feira levou a cotação de volta à parte alta da faixa entre US$ 164-170 e US$ 184, indicando que o mercado continua lateralizado.
Para as próximas sessões, poderíamos esperar uma recuperação ascendente contra a zona de suporte de US$ 164-170 ou esperar que uma das duas zonas mencionadas seja rompida.
Tesla (TSLA)
Gráfico semanal da Tesla:
Gráfico diario da Tesla:
Nas últimas semanas, a pressão da demanda aumentou significativamente nas ações da Tesla. O preço passou de incapaz de ultrapassar a zona de US$ 359-362 para US$ 442, o que representa uma valorização de 23,80% em apenas 10 dias.
Durante a sessão de ontem, foi ultrapassado o seguinte nível de resistência (426-440 dólares). Se o preço conseguir consolidar-se acima desse nível, será um sinal de grande força. A partir daí, o próximo nível relevante seria 466-488 dólares (próximo do máximo histórico).
O cenário atual é de alta, mas a pressão de venda pode aumentar a qualquer momento. A resistência histórica é um ponto em que alguns traders podem se posicionar como vendedores, esperando uma recuperação para baixo. Ao mesmo tempo, também pode ser o nível em que muitos compradores realizam lucros. Por tudo isso, a faixa de preços atual não é a mais atraente para abrir novas posições compradoras. O mais recomendável é esperar até que ocorra um rompimento no máximo histórico. Caso apareçam sinais de fraqueza na zona de resistência e se forme um padrão de esgotamento ou uma figura de reversão, poderíamos optar por nos posicionar vendidos.
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