- O gráfico semanal do S&P 500 continua mostrando uma tendência de alta e sustenta uma posição compradora.
- A temporalidade diária exibe uma divergência.
- Aumentos no PCE podem limitar o número de cortes nas taxas que veremos em 2025 e representam um fator de baixa para o SP 500.
- O relatório mais recente sobre o compromisso dos traders evidenciou um sentimento pessimista entre os investidores institucionais nos futuros do S&P 500.
- Quedas acentuadas na Dell geraram dúvidas sobre o setor de IA e atraíram pressão de venda para a bolsa americana.
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Análise do Gráfico Semanal no S&P500
O gráfico diário mostra que o S&P 500 mantém uma sólida tendência de alta. Após romper a resistência de US$ 6.160, o preço continuou avançando com máximas e mínimas cada vez mais altas. Embora a semana passada tenha fechado com perdas, a máxima e a mínima foram mais altas do que as da semana anterior.
Não há nada que contradiga as hipóteses otimistas, no entanto, as últimas três velas tiveram uma variação muito pequena. Com tão pouco movimento, pode ser complicado operar de forma lucrativa. É recomendável esperar que a volatilidade aumente um pouco.
Análise do gráfico diário do S&P 500
No gráfico diário do SP500, vemos como a cotação tem evoluído com máximos e mínimos crescentes. Durante a semana passada, o preço encontrou suporte na zona anterior de máximos de 6.440 – 6.470 USD, o que representa mais um sinal de força.
Por outro lado, as leituras do MACD e do Índice de Fuerza Relativa RSI aconselham cautela, pois ambos os indicadores se moveram ligeiramente para baixo enquanto o preço subia. Isso evidencia uma possível queda na pressão de compra, o que colocaria em dúvida novos movimentos de alta.
Relatórios Macroeconômicos e Fraqueza nas Ações Tecnológicas atraem Pressão de Venda para o S&P 500
Na sexta-feira, foram publicados os relatórios do PCE correspondentes ao mês de julho. Os números ficaram dentro do esperado, embora os dados interanuais tenham mostrado um aumento de 0,1% em relação ao valor de junho, atingindo o máximo dos últimos 5 meses. É improvável que isso comprometa o corte das taxas esperado para este mês, mas limitaria as probabilidades de sucessivas quedas até o final do ano. Trata-se de um fator pessimista para a bolsa americana.
Os dados do PCE não foram o único relatório macroeconômico que contribuiu para o aumento da atividade de venda no S&P500. Vimos dados piores do que o esperado na balança comercial de bens e nos estoques atacadistas de julho, além do PMI de Chicago, das expectativas do consumidor e da confiança do consumidor no mês de agosto.
O relatório COT da semana passada também deixou um sinal de baixa para o S&P500. Os investidores institucionais aumentaram suas posições vendidas em aberto em 18.489 contratos. As compradoras também aumentaram, mas apenas em 2.235.
Por outro lado, na sexta-feira, houve quedas generalizadas nas ações relacionadas à inteligência artificial, que se estenderam a todo o setor de tecnologia e prejudicaram o S&P 500. A Dell (-8,88%) liderou a lista dos perdedores, após evidenciar uma queda na demanda por serviços de infraestrutura para IA, causada pelo aumento da concorrência e pelos altos custos de fabricação dos servidores.
Os mercados estarão fechados hoje por ocasião do Dia do Trabalho nos Estados Unidos. Amanhã, teremos que prestar atenção ao PMI manufatureiro e às previsões do PIB para o terceiro trimestre que serão apresentadas pelo Fed de Atlanta. Números mais altos do que o previsto atrairiam pressão compradora para o S&P 500 e vice-versa.
Ações do S&P 500: o que esperar das 7 magníficas?
Nas seções a seguir, analisaremos os gráficos de preços das 7 ações mais importantes da bolsa americana. Dê uma olhada e descubra qual é o contexto de cada uma delas, bem como os níveis-chave a serem considerados durante esta semana.
Apple (AAPL)
Gráfico semanal da Apple:
Gráfico diario da Apple:
Durante a última semana, o preço das ações da Apple subiu até quase atingir a zona de máximos mais recente (235,12 USD). O RSI e o MACD mantêm-se ligeiramente abaixo dos valores atingidos nesse teto, o que nos sugere que a pressão de compra não é tão intensa como era naquele momento.
Antes de abrir posições, teremos que ver como o preço se comporta nas proximidades desse nível. É um ponto que alguns traders poderiam usar para fechar as posições compradoras abertas mais abaixo ou para abrir posições vendidas. Portanto, há uma certa probabilidade de que a pressão de venda aumente. Para pensar em abrir posições compradoras, seria conveniente esperar que ocorresse um rompimento do máximo mencionado, seguido de uma consolidação ou pullback.
Microsoft (MSFT)
Gráfico semanal da Microsoft:
Gráfico diario da Microsoft:
Após três semanas de quedas, durante a última semana, a cotação da Alphabet estabilizou acima do suporte de US$ 498 e deixou um doji no gráfico semanal. É um sinal de que a correção pode ter terminado e agora viria um novo impulso a favor da tendência de alta de fundo. No entanto, precisamos ver uma confirmação, porque no gráfico diário continuam predominando os sinais de fraqueza.
Os níveis a serem monitorados são a resistência de US$ 510-511 e o suporte de US$ 498. Se a primeira for rompida com leituras de alta no RSI e no MACD, isso pode ser um indício de que um novo impulso está por vir após a correção, o que levaria à abertura de posições compradoras. Por outro lado, uma quebra no suporte indicaria que a retração ainda não terminou e será mais profunda. Poderíamos aproveitar isso para abrir posições de venda.
Alphabet (GOOGL)
Gráfico semanal da Alphabet/Google:
Gráfico diario da Alphabet/Google:
A semana passada deixou-nos uma ruptura no que, até então, era o máximo histórico da Alphabet (207,05 USD). O RSI mantém-se saturado dentro da zona de sobrecompra, indicando que a pressão de compra é intensa. O contexto visível a partir da temporalidade semanal é otimista e a referida ruptura pôs fim ao período corretivo que tinha começado em fevereiro.
A situação é favorável para operações de compra. Quando ocorrer um pullback para a resistência de 207 USD, podemos abrir posições longas.
Amazon (AMZN)
Gráfico semanal da Amazon:
Gráfico diario da Amazon:
Amazon continua a mostrar sinais de fraqueza. No gráfico diário, vemos como a cotação desacelerou após atingir a resistência de 229-233 dólares. Além disso, formaram-se três zonas de máximos, cada uma mais baixa que a anterior. O RSI e o MACD mostram que a pressão da demanda diminuiu e, no momento, há pouca atividade no mercado. Acima da resistência atual, há outra que pode atrair mais pressão de venda.
A priori, o cenário é mais adequado para operar vendendo a descoberto do que para comprar. Se o preço continuar caindo e ultrapassar a zona de mínimos de 220 USD, será um bom momento para começar a abrir posições. Para mudar de tendência e considerar operações de compra, teríamos que ver a cotação acima do máximo histórico (242,52 USD).
Meta (META)
Gráfico semanal da Meta:
Gráfico diario da Meta:
Enquanto o suporte de 735-740 USD continuar a aguentar, não há motivos para duvidar da tendência ascendente que se observa na cotação da Meta. O gráfico diário mostra sinais de fraqueza, no entanto, a temporalidade semanal indica-nos que as quedas recentes correspondem a um pullback após os últimos movimentos ascendentes.
Se a zona de máximos de 755-757 USD for ultrapassada com sinais de alta no MACD e no RSI, podemos abrir posições compradoras. Por outro lado, se o suporte de 735-740 USD for perdido, poderíamos nos posicionar em baixa e vender a descoberto no primeiro pullback.
Nvidia (NVDA)
Gráfico semanal da Nvidia:
Gráfico diario da Nvidia:
Ao longo das últimas 5 semanas, a Nvidia manteve-se lateralizada. Das últimas 3 semanas, as 3 mais recentes foram de baixa, o que constitui um sinal de fraqueza. O MACD e o RSI do gráfico diário mostram-nos que os compradores perderam força e que a pressão da oferta é cada vez mais acentuada. A lateralização em curso poderá ser um processo de distribuição prévio a uma forte descida.
Neste momento, devemos ficar atentos a dois níveis-chave: US$ 170 e US$ 184. Uma quebra no primeiro confirmaria que o mercado está dominado pelos vendedores e que quedas estão por vir. Poderíamos buscar entradas em posições vendidas em uma consolidação ou um pullback em direção ao nível quebrado. Por outro lado, se a Nvidia voltasse a se mover em alta e houvesse um rompimento na resistência de US$ 184, isso indicaria que a alta ainda continuaria.
Tesla (TSLA)
Gráfico semanal da Tesla:
Gráfico diario da Tesla:
Durante as últimas 8 semanas, a cotação da Tesla tem avançado com máximos e mínimos cada vez mais altos, ao mesmo tempo que se manteve acima da EMA50 no gráfico semanal. É recomendável manter a calma e não se deixar levar pela euforia, pois o preço está próximo da resistência de 359-362 dólares.
Este nível vem contendo a ação do preço desde maio. Cada vez que a cotação da Tesla se aproximou, acabou ocorrendo um rebote para baixo. O RSI e o MACD do gráfico diário permanecem lateralizados, o que nos indica que há equilíbrio entre a oferta e a demanda. Para poder operar comprado na Tesla, teríamos que ver uma quebra da resistência mencionada. Por outro lado, se se formasse um padrão de reversão abaixo desta, poderíamos operar em posições curtas, colocando a zona de 300 USD como objetivo.
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