A temporalidade diária mostra predominância da pressão compradora no S&P500.
• Os dados do PCE de maio mostram um aumento na inflação
• O relatório COT mostrou mudança para bullish no sentimento de mercado dos investidores institucionais
• Trump ameaçou o Canadá com novas tarifas devido ao recente imposto sobre serviços digitais que taxará as grandes empresas de tecnologia dos EUA
Análise do Gráfico Semanal do S&P500
Na semana passada, houve uma forte alta na cotação do S&P500. Vimos uma valorização de 3,42% enquanto era marcado um novo recorde histórico. A fase de correção que se mantinha desde fevereiro chegou ao fim e o índice de referência dos EUA está em um novo impulso de alta.
Análise do Gráfico Diário do S&P500
Pelo gráfico diário, observamos que o preço subiu de forma contínua nas últimas 5 sessões. A resistência da máxima histórica foi rompida com força, mostrando um claro predomínio da atividade compradora.
Essas altas recentes são acompanhadas por uma inclinação ascendente no RSI, que acabou de entrar na zona de sobrecompra, e o MACD apresentou um cruzamento de alta nas suas linhas. São sinais que confirmam aumento da pressão da demanda. Enquanto o preço do S&P500 se mantiver acima da antiga resistência de 6.166 USD, podemos buscar entradas compradoras em pullbacks.
O Mercado Mostra Otimismo, apesar da Inflação Subir
Os indicadores econômicos divulgados na sexta-feira passada foram bearish para o S&P500. O PCE de maio indicou aumento da inflação em relação ao mês anterior, passando de 0,1% para 0,2% no dado mensal e de 2,6% para 2,7% no anual. Em ambos os casos, os números ficaram acima do esperado. A pesquisa FedWatch do CME mostra que 80,9% dos traders consultados acreditam que não haverá corte de juros em julho.
Além disso, o relatório de gastos pessoais e de rendimentos pessoais registraram quedas e apresentaram valores piores que o previsto. A expectativa do consumidor da Universidade de Michigan para junho foi pior do que o esperado, e o Fed de Atlanta revisou para baixo sua projeção do PIB para o segundo trimestre, reduzindo de 3,4% para 2,9%.
Na sexta-feira também foi publicado o relatório Commitment of Traders da semana, que mostrou mudança no sentimento de mercado de bearish para bullish entre investidores institucionais. Nele, vimos que as posições vendidas foram reduzidas em 37.990 contratos, enquanto as posições compradas foram reduzidas em 8.616.
Os recentes acordos entre EUA e China para comércio de terras raras são outro fator bullish a considerar. Da Casa Branca foi anunciado que há planos para fechar acordos comerciais com 10 países nos próximos dias, o que também pode trazer tranquilidade aos investidores e atrair pressão compradora para a bolsa. O ponto negativo nesse cenário foi a recente declaração de Trump afirmando que encerraria todas as negociações com o Canadá e imporia novas tarifas nos próximos dias.
Hoje será divulgado o PMI de Chicago referente a junho, que pode provocar movimentos no S&P500. Dados melhores que o esperado podem levar a alta na cotação e vice-versa. Por outro lado, as altas recentes e a volta às máximas históricas podem criar um cenário de euforia no mercado, atraindo pressão compradora.